A tradição modernista da ciência costuma propagar o conhecimento científico como algo universal e atemporal. Porém, ao abordarmos a história da ciência botânica ao longo dos séculos XVIII e XIX, através de um viés cultural, percebemos que muitos atores, de diferentes gêneros, classes sociais e localizações geográficas estão envolvidos na produção deste conhecimento, com graus de importância e protagonismo desiguais. Este trabalho defende que, abordar o ensino de ciências através de uma abordagem cultural possibilita a discussão de temáticas importantes na área, como a presença/ausência feminina em determinados campos científicos e o papel social da mulher na ciência.